ESPECIALIDADES

Doutora Natália Bacellar

 

A imunização é o processo pelo qual uma pessoa se torna imune ou resistente a uma doença infecciosa, normalmente pela administração de uma vacina. As vacinas estimulam o próprio sistema imunológico do corpo a proteger a pessoa contra infecções ou doenças posteriores. A imunização evita doenças, incapacidade e mortes por enfermidades preveníveis por vacinas, tais como câncer do colo do útero, difteria, hepatite B, sarampo, caxumba, coqueluche, pneumonia, poliomielite, doenças diarreicas por rotavírus, rubéola e tétano. 

Estima-se que se as metas de cobertura para a introdução e/ou uso contínuo de apenas 10 vacinas (contra hepatite B, Haemophilus influenzae tipo b, papilomavírus humano, encefalite japonesa, sarampo, meningococo A, pneumococo, rotavírus, rubéola e febre amarela) tiverem sido alcançadas, entre 24 e 26 milhões de futuras mortes em 94 países de baixa ou média-baixa renda podem ter sido evitadas na década de 2011-2020.

 

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus AB e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. 

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão. 

O impacto dessas infecções acarreta em aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada as hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao HIV e tuberculose.

O que é hepatite A


É uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

Quais as formas de transmissão da hepatite A?

A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal (OMS, 2019). Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches), contato sexual (especialmente em homens que fazem sexo com homens -HSH).

A estabilidade do vírus da hepatite A (HAV) no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados contribuem para a transmissão. Crianças podem manter a eliminação viral até 5 meses após a resolução clínica da doença. No Brasil e no mundo, há também relatos de casos e surtos que ocorrem em populações com prática sexual anal, que propicie o contato fecal-oral (sexo oral-anal) principalmente.

Quais são os sinais e sintomas da hepatite A?

Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.  A presença de urina escura ocorre antes do início da fase onde a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.

Como é o diagnóstico da hepatite A?

O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual se pesquisa a presença de anticorpos anti-HAV IgM (infecção inicial), que podem permanecer detectáveis por cerca de seis meses.

É possível também fazer a pesquisa do anticorpo IgG para verificar infecção passada ou então resposta vacinal de imunidade. De qualquer modo, após a infecção e evolução para a cura, os anticorpos produzidos impedem nova infeção, produzindo uma imunidade duradoura.

Como é o tratamento da hepatite A?

Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante evitar a automedicação para alívio dos sintomas, vez que, o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos pelos vômitos e diarreia. A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência hepática aguda (OMS, 2018a).

Como prevenir a hepatite A?

  • Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

Vacina: A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida de prevenção contra a hepatite A.

A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização. Atualmente, faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos, 11 meses e 29 dias).

É importante que os pais, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos para garantir a vacinação de todas as crianças.

Além disso, a vacina está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), no esquema de 2 doses – com intervalo mínimo de 6 meses – para pessoas acima de 1 ano de idade com as seguintes condições:

  • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV e/ou pelo HCV;
  • Pessoas com coagulopatias, hemoglobinopatias, trissomias, doenças de depósito ou fibrose cística (mucoviscidose);
  • Pessoas vivendo com HIV;
  • Pessoas submetidas à terapia imunossupressora ou que vivem com doença imunodepressora;
  • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes, ou transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
  • Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea), cadastrados em programas de transplantes.

O que é Hepatite B?

A Hepatite B é um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil. É causada por vírus. Em 2018, foi responsável por 13.922 (32,8%) dos casos de hepatites notificados no Brasil. 

O vírus da Hepatite B está relacionado a 21,3% das mortes relacionadas às hepatites entre 2000 e 2017.

Na maioria dos casos não apresenta sintomas e muitas vezes é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. 

A principal forma de prevenção é por meio da vacinação.

Quais são os sintomas da Hepatite B?

Na maioria dos casos a Hepatite B não apresenta sintomas. Muitas vezes a doença é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado (cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados), que costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença.

A ausência de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico precoce da infecção, exigindo preparação dos profissionais da saúde para ofertar a testagem rápida para a populção. Os pacientes também podem solicitar espontaneamente a realização do teste rápido nas unidades básicas de saúde.

 

Como é feito o diagnóstico da Hepatite B?

O teste de triagem para Hepatite B é realizado através da pesquisa do antígeno do HBV (HBsAg), que pode ser feita por meio de teste laboratorial ou teste rápido. Caso o resultado seja positivo, o diagnóstico deve ser confirmado com a realização de exames complementares para pesquisa de outros marcadores, que compreende a detecção direta da carga viral, por meio de um teste de biologia molecular que identifica a presença do DNA viral (HBV-DNA).

 

Como tratar a Hepatite B?

A hepatite B pode se desenvolver de duas formas: aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. Os profissionais de saúde consideram que a forma é crônica quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção.

A Hepatite B não tem cura. Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte.

Os medicamentos disponíveis para controle da hepatite B são a alfapeginterferona, o tenofovir e o entecavir.

 

Como prevenir a Hepatite B?

A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que está disponível no SUS para todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. Para crianças, a recomendação é que se façam quatro doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, via de regra, o esquema completo se dá com aplicação de três doses. Para população imunodeprimida deve-se observar a necessidade de esquemas especiais com doses ajustadas, disponibilizadas nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Outras formas de prevenção devem ser observadas, como usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O preservativo está disponível na rede pública de saúde.

 

Como a Hepatite B é transmitida?

A Hepatite B pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto, sendo esta via denominada de transmissão vertical. Esse tipo de transmissão, caso não seja evitada, pode implicar em uma evolução desfavorável para o bebê, que apresenta maior chance de desenvolver a hepatite b crônica.

A investigação para hepatite B deve ser feita em todas as gestantes a partir do primeiro trimestre ou quando do início do pré-natal (primeira consulta), sendo que o exame pode ser feito por meio laboratorial e/ou testes rápidos. 

Para gestantes com resultado de teste rápido para hepatite B não reagente e sem história de vacinação prévia, recomenda-se a vacinação em 3 doses.

As gestantes que apresentem resultado do teste rápido reagente para hepatite B  deverão complementar a avaliação com solicitação de exame específico e carga viral da hepatite B e, caso confirmado o resultado, a gestante pode ter indicação de profilaxia com tenofovir (TDF) a partir do 3º trimestre da gestação, caso atenda aos critérios estabelecidos no PCDT de Prevenção da Transmissão Vertical.

Para todas as crianças exposta à hepatite B durante a gestação está recomendada a vacina e imunoglobulina (IGHAHB) para hepatite B, preferencialmente nas primeiras 24 horas do pós-parto – essas medidas realizadas em conjunto previnem a transmissão perinatal da hepatite B em mais de 90% dos recém-nascidos. A referência à maternidade/casa de parto é de responsabilidade da equipe de saúde que acompanha a gestante com hepatite B e deve ser documentada no cartão da gestante.

O que é a Hepatite C?

É um processo infeccioso e inflamatório causado pelo vírus C da hepatite e que pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo esta segunda a forma mais comum. A hepatite crônica pelo HCV é uma doença de caráter silencioso que evolui sorrateiramente e se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado. Aproximadamente 60% a 85% dos casos se tronam crônicos e, em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose hepática, o risco anual para o surgimento de carcinoma hepatocelular (CHC) é de 1% a 5% (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014). O risco anual de descompensação hepática é de 3% a 6%. Após um primeiro episódio de descompensação hepática, o risco de óbito, nos 12 meses seguintes, é de 15% a 20% (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014).

Quais as formas de transmissão da hepatite C?

A transmissão do HCV pode acontecer por:

  • Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (cachimbos);
  • Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;
  • Falha de esterilização de equipamentos de manicure;
  • Reutilização de material para realização de tatuagem;
  • Procedimentos invasivos (ex: hemodiálise, cirurgias, transfusão) em os devidos cuidados de biossegurança;
  • Uso de sangue e seus derivados contaminados;
  • Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);
  • Transmissão de mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).

A hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada.

Quais são os sinais e sintomas da hepatite C?

O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é muito raro, cerca de 80% das pessoas não apresentam qualquer manifestação, por esta razão a testagem espontânea da população prioritária é tão importante no combate a este agravo.

Como é o diagnóstico da hepatite C?  

Habitualmente, a hepatite C é descoberta em sua fase crônica. Normalmente, o diagnóstico ocorre após teste rápido de rotina ou por doação de sangue. Esse fato reitera a importância da realização dos testes rápidos ou sorológicos, que apontam a presença dos anticorpos anti-HCV.  Se o teste de anti-HCV for positivo, é necessário realizar um exame de carga viral (HCV-RNA) para confirmar a infecção ativa pelo vírus. Após esses exames o paciente poderá ser encaminhado para o tratamento, ofertado gratuitamente pelo SUS, com medicamentos capazes de curar a infecção e impedir a progressão da doença.

Como é o tratamento da hepatite C?

O tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. Os DAA revolucionaram o tratamento da hepatite C, e possibilitam a eliminação da infecção.

Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) podem receber o tratamento pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções. Pacientes em fase inicial da infecção podem ser tratados nas unidades básicas de saúde, sem a necessidade de consulta na rede especializada para dar início ao tratamento.

Como prevenir a hepatite C?

Não existe vacina contra a hepatite C. Para evitar a infecção é importante:

  • Não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente, etc);
  • Usar preservativo nas relações sexuais;
  • Não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas;
  • Toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, a HIV e sífilis. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada.

Alguns cuidados também devem ser observados nos casos onde se sabe que o indivíduo tem infecção ativa pelo HBV, para minimizar as chances de transmissão para outras pessoas. As pessoas com infecção devem:

  • Ter seus contatos sexuais e domiciliares e parentes de primeiro grau testados para hepatite C;
  •  Não compartilhar instrumentos perfurocortantes e objetos de higiene pessoal ou outros itens que possam conter sangue;
  • Cobrir feridas e cortes abertos na pele;
  • Limpar respingos de sangue com solução clorada;
  •  Não doar sangue ou esperma.

O que é a hepatite D?

A hepatite D, também chamada de Delta, está associada com a presença do vírus do B da hepatite para causar a infecção e inflamação das células do fígado. Existem duas formas de infecção pelo HDV: coinfecção simultânea com o HBV e superinfecção do HDV em um indivíduo com infecção crônica pelo HBV. A hepatite D crônica é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica, com progressão mais rápida para cirrose e um risco aumentado para descompensação, CHC e morte (FATTOVICH et al., 2000; MALLET et al., 2017).

Quais as formas de transmissão da hepatite D?

As formas de transmissão são idênticas as da hepatite B, sendo:

  • Relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada;
  • Da mãe infectada para o filho durante a gestação e parto;
  • Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);
  • Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam);
  • Na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam as normas de biossegurança;
  • Por contato próximo de pessoa a pessoa (presumivelmente por cortes, feridas e soluções de continuidade);
  • Transfusão de sangue (mais relacionadas ao período anterior a 1993).

Quais são os sinais e sintomas da hepatite D?

Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais da doença. Quando presentes, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, observação de pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. 

Como é o diagnóstico da hepatite D?

O diagnóstico sorológico da hepatite D é baseado na detecção de anticorpos anti-HDV. Caso estes apresentem exame anti-HDV reagente, a confirmação da hepatite Delta será realizada por meio do somatório das informações clínicas, epidemiológicas e demográficas. A confirmação do diagnóstico também poderá ser realizada por meio da quantificação do HDV-RNA, atualmente realizados apenas em caráter de pesquisa clínica. Excepcionalmente, a confirmação diagnóstica poderá ser realizada por meio do exame de histopatologia para identificação da hepatite D.

Como é o tratamento da hepatite D? 

Após o resultado positivo e confirmação, o médico indicará o tratamento de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções. 

Os medicamentos não ocasionam a cura da hepatite D. O objetivo principal do tratamento é o controle do dano hepático. Todos os pacientes portadores de hepatite Delta são candidatos à terapia disponibilizadas pelo SUS. Atualmente as terapias são compostas por alfapeguinterferona 2a e/ou um análogo de núcleostídeo.

Todos os pacientes com hepatite D devem ser encaminhados a um serviço especializado. Além do tratamento medicamentoso orienta-se que não se consuma bebidas alcoólicas. 

Como prevenir a hepatite D?

A imunização para hepatite B é a principal forma de prevenção da doença, sendo universal no Brasil desde 2016 (CGPNI/DEVIT/SVS/MS, 2015). Outras medidas envolvem: uso de preservativo em todas as relações sexuais, não compartilhar de objetos de uso pessoal – como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar a hepatites, a HIV e a sífilis.

O que é hepatite E?

A hepatite E é uma infecção causada pelo vírus E (HEV). O vírus causa hepatite aguda de curta duração e auto-limitada. Na maioria dos casos é uma doença de caráter benigno. A hepatite E pode ser grave na gestante e raramente causa infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de imunodeficiência.

Quais as formas de transmissão da hepatite E?

O vírus da hepatite E é transmitido principalmente pela via fecal-oral pelo consumo de água contaminada e em locais com infraestrutura sanitária frágil. Outras formas de transmissão incluem: ingestão de carne mal cozida ou produtos derivados de animais infectados (por exemplo, fígado de porco); transfusão de produtos sanguíneos infectados; e transmissão vertical de uma mulher grávida para seu bebê.

Quais são os sinais e sintomas da hepatite E?

Geralmente, causam hepatite aguda de curta duração e autolimitada (2 – 6 semanas) em adultos jovens e clinicamente indistinguível de outras causas de hepatite viral aguda. Embora a infecção ocorra também em crianças, elas geralmente não apresentam sintomas ou apenas uma doença leve sem icterícia que não é diagnosticada.

Os sinais e sintomas, quando presentes, incluem inicialmente fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, presença de urina escura e pele e os olhos amarelados (icterícia). A hepatite fulminante ocorre com mais frequência quando a hepatite E ocorre durante a gravidez. As mulheres grávidas com hepatite E, particularmente as do segundo ou terceiro trimestre, apresentam maior risco de insuficiência hepática aguda, perda fetal e mortalidade. Até 20-25% das mulheres grávidas podem morrer se tiverem hepatite E no terceiro trimestre.

Como é o diagnóstico da hepatite E?

O teste para a pesquisa de anticorpos IgM anti-HEV pode ser usado para o diagnóstico da infecção recente pelo HEV. Anticorpos IgG anti-HEV são encontrados desde o início da infecção, com pico entre 30 e 40 dias após a fase aguda da doença, e podem persistir por até 14 anos. A detecção da viremia em amostras de fezes, por RT-PCR, auxilia no diagnóstico dos casos agudos de hepatite E. 

Como é o tratamento da Hepatite E?

Da mesma forma que a hepatite A, a hepatite E não tem um tratamento específico. O mais importante evitar a automedicação para alívio dos sintomas, vez que, o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos pelos vômitos e diarreia.

É desaconselhado o consumo de bebidas alcoólicas. A internação só é indicada em pacientes com quadro clínico mais grave, principalmente mulheres grávidas. Em pacientes imunossuprimidos, como transplantados de órgãos sólidos, com aids e em terapia com imunobiológicos (como rituximab) há o risco de infecção crônica pelo vírus da hepatite E (HEV) e necessidade de tratamento com antivirais.

Como previne a hepatite E?

A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de saneamento básico e de higiene, como, por exemplo:

  • Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente carne suína;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios.

As arboviroses, em geral, são mantidas em ambiente silvestre, podendo ocorrer também em ambientes urbanos. Os arbovírus são vírus transmitidos pela picada de artrópodes hematófagos, como o Aedes aegypti. Mais de 210 espécies de arbovírus foram isolados no país, 36 relacionados com doenças em seres humanos.

Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico, pois a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, enquanto uma pequena parte evolui para gravidade. É a mais importante arbovirose que afeta o homem, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e é disseminada especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e do Aedes albopictus.

Doença produzida pelo vírus chikungunya (CHIKV), transmitida por mosquitos do gênero Aedes, que cursa com enfermidade febril aguda, subaguda ou crônica. A enfermidade aguda se caracteriza, principalmente, por início súbito de febre alta, cefaleia, mialgias e dor articular intensa, afetando todos os grupos etários e ambos os sexos. Em uma pequena porcentagem dos casos a artralgia se torna crônica, podendo persistir por anos. As formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito. A febre de chikungunya é uma enfermidade endêmica nos países do Sudeste da Ásia, África e Oceania. Emergiu na região das Américas no final de 2013. O nome chikungunya deriva de uma palavra do idioma makonde, falado no sudeste da Tanzânia, que significa “curvar-se ou tornar-se contorcido”, descrevendo a postura adotada pelos pacientes devido à artralgia intensa.

Doença que foi detectada no país no ano de 2015, e a partir deste evento, tem se disseminado no país cursando de forma inédita segundo a literatura científica. Tendo encontrado ambiente favorável à sua disseminação, que é a presença do vetor Aedes em todo o país, em população sem imunidade à doença, vem causando enorme impacto à saúde de nossa população. É uma doença viral aguda, transmitida principalmente, pelos mosquitos Ae. Aegypti e Ae. albopictus, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Os casos costumam apresentar evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias. Todavia, observa-se a ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento dos casos de microcefalia e de manifestações neurológicas associadas à ocorrência da doença.

Doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, cujo agente etiológico é um arbovírus protótipo do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, transmitido por artrópodes, e que possui dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos: silvestre e urbano. Do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, a doença é a mesma. Reveste-se da maior importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas.

Infecção Hospitalar é a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.

Entre as ações de prevenção e controle, destacam-se a higienização das mãos, a elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies.

 
A forma mais simples e efetiva de evitar a transmissão de infecções em ambiente hospitalar é a higienização de mãos. Pode ser por meio da lavagem com água e sabão ou por meio de fricção com álcool 70%. Essa recomendação vale tanto para profissionais de saúde quanto para visitantes e também pacientes. A atenção aos cuidados de precaução, sinalizados pela equipe de saúde, também devem ser observados, para se evitar transmissão de doenças e agentes nocivos no ambiente hospitalar.
 
Como paciente, além de higienizar suas mãos, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro, procure estabelecer uma boa comunicação com a equipe de saúde para entender com clareza os cuidados que lhe estão sendo direcionados e, dessa forma, contribuir ativamente com a sua recuperação.
 
 
O visitante deve sempre higienizar as suas mãos na chegada ao hospital, antes e após tocar o paciente ou superfícies próximas ao seu redor e ao sair do hospital. Essa higienização pode ser feita tanto com água e sabão quanto pela fricção das mãos com álcool a 70%, o qual deve estar disponível em todo o hospital.
Para que a higienização das mãos possa ser mais efetiva, é importante que os adornos sejam retirados (por exemplo, anéis, pulseiras e relógios), para facilitar o contato da água ou do álcool com a superfície da pele que está sendo higienizada. A manutenção das unhas curtas e limpas também pode auxiliar. Não é recomendado que o visitante leve alimentos para o paciente sem a autorização e o conhecimento prévio do médico e/ou da nutricionista, sob o risco de prejudicar seu tratamento.
 
Evite, também, levar flores e/ou plantas para o quarto do paciente. Apesar desse gesto ser entendido como representativo de cuidado e carinho, ele pode contribuir para a disseminação de insetos, como formigas e aranhas, no ambiente hospitalar. As plantas podem, ainda, trazer a presença de esporos fúngicos que, se inalados pelos pacientes imunossuprimidos, podem causar uma doença pulmonar grave, com risco inclusive de óbito.
 
Preferencialmente, não se deve levar crianças para realizar visitas no hospital. Como as crianças ainda se encontram em período de imunização contra doenças transmissíveis, elas podem mais facilmente tanto transmitir quanto adquirir infecções dentro do ambiente hospitalar, até mesmo por não terem maturidade suficiente para atender adequadamente às medidas de precaução e isolamento recomendadas.
 
Não sentar na cama do paciente, nem em camas vagas ao lado do paciente. Essa é uma atitude que demonstra educação e respeito ao próximo paciente que irá ocupar o leito.
 
Se houver alguma placa ou orientação na porta do quarto, procure algum profissional de saúde responsável pelo paciente antes de entrar. Dessa forma, você receberá informações úteis que irão auxiliá-lo durante a permanência no hospital, podendo cooperar para o controle das infecções.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.

Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

 

O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções.

A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a pessoa, inclusive, à morte. 

Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas os exemplos mais conhecidos são:

  • Herpes genital;
  • Cancro mole (cancroide)
  • HPV
  • Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
  • Donovanose
  • Gonorreia e infecção por Clamídia
  • Linfogranuloma venéreo (LGV)
  • Sífilis
  • Infecção pelo HTLV
  • Tricomoníase

As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.

As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua).

O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual.

Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. 

Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina. 

O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a gravidez.

Importante ressaltar que existem vários métodos para evitar a gravidez; no entanto, o único método com eficácia para prevenção de IST é a camisinha (masculina ou feminina). Orienta-se, sempre que possível, realizar dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha.

A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde.

Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST.

A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as PVHIV, redução de danos, entre outros.

O controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.

As parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada

 É importante a informação sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde, as medidas de prevenção e tratamento (ex.: relação sexual com uso de camisinha masculina ou feminina até que a parceria seja tratada e orientada).

É importante a atualização das vacinas de acordo com os calendários de vacinação do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

  • No momento do registro da vacinação no Cartão Nacional de Vacinação, fique atento. É preciso que sejam anotados o lote da vacina, a data de vacinação e o local onde você foi atendido.
  • Vale lembrar que as vacinas têm um período, que pode variar entre 10 dias e seis semanas, para atingir a proteção esperada. No caso da vacinação contra febre amarela, o não cumprimento do prazo de proteção pode impedir sua entrada em alguns países. Por isso, vacine-se com antecedência. 
 
 
Em caso de adoecimento durante a sua viagem, busque atendimento médico e evite a automedicação.

Se você sentir alteração em seu estado de saúde durante a viagem, dentro da embarcação ou aeronave, comunique o fato à equipe de bordo. Eles tomarão as devidas providências e alertarão os serviços de saúde do local para onde você está se deslocando.

Um problema comum em viagens é a diarreia causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Esteja sempre atento à segurança e à qualidade daquilo que você ingere ou oferece às crianças.Observe as medidas básicas de higiene e as seguintes recomendações:
  • Lave as mãos com água e sabão ou solução anti-séptica frequentemente, principalmente antes de ingerir alimentos e após utilizar sanitários ou conduções públicas, visitar mercados ou locais com grande fluxo de pessoas;

  • Beba água tratada acondicionada em embalagens lacradas ou de fonte segura. Se isso não for possível, trate a água disponível com Hipoclorito de Sódio a 2,5%, colocando 2 gotas em 1 litro de água e aguardando 30 minutos antes de consumir; Evite adicionar gelo de procedência desconhecida às bebidas;

  • Assegure-se de que todo alimento esteja bem cozido, frito ou assado; Os alimentos perecíveis devem ser mantidos em baixa temperatura (abaixo de 5° C) ou bem aquecidos (acima 60 °C); Evite o consumo de frutos do mar crus; Evite consumir leite e seus derivados crus;

  • Evite o consumo de preparações culinárias que contenham ovos crus;

  • Evite frutas e verduras descascadas ou com a casca danificada: a casca protege esses alimentos de contaminação; Quando for consumir alimentos exóticos, seja prudente e não exagere;

  • Evite o consumo de alimentos vendidos por ambulantes;

  • Alimentos embalados devem conter no rótulo a identificação do produtor e data de validade, e a embalagem deve estar íntegra.

 
Esse tipo de doença está, geralmente, associada ao ecoturismo e ao turismo rural, mas podem ocorrer também em áreas urbanas.
  • Utilize roupas que protejam contra picadas de insetos como camisas de mangas compridas, calças e sapatos fechados, impregnadas com Permetrina;

  • Aplique repelente à base de DEET (dietilmetatoluamida) ou Picaridina nas áreas expostas da pele, de acordo com as recomendações da rotulagem. É preciso lembrar que o uso de DEET é contraindicado para menores de 2 anos. Já para crianças acima dessa idade e com até 12 anos, o repelente à base de DEET deve ter concentração máxima de 10%. Lembre-se de que o produto deverá ser reaplicado caso a pessoa se molhe ou transpire excessivamente. O repelente deve ser aplicado depois do protetor solar;

  • Dê preferência a locais de hospedagem que possuam ar-condicionado e utilizem telas de proteção nas janelas ou mosquiteiro sobre a cama;

  • Ao se dirigir a áreas com elevada transmissão de malária e em que você vá se encontrar em situações de maior risco, como dormir em locais sem proteção para a picada de mosquitos ou só ter acesso a serviço de saúde a mais de 24 horas de distância, procure seu médico para avaliar a indicação de quimioprofilaxia;

 
 

Algumas espécies de aves e mamíferos também podem transmitir doenças infectocontagiosas, inclusive no meio urbano. Portanto:

  • Evite contato próximo com aves vivas ou abatidas;

  • Caso sofra agressão por mamíferos domésticos ou silvestres, lave imediatamente a área com água e sabão e procure atendimento médico.

 
 
 

As doenças respiratórias mais comuns são as gripes e os resfriados. Alimentar-se bem, adotar hábitos saudáveis e higiênicos e evitar o estresse são as formas mais eficazes de prevenção.

Outras medidas para evitar doenças respiratórias, entre elas o Coronavírus, são:

  • Lavar regularmente as mãos

  • Cobrir boca e nariz ao tossir e espirrar

  • Evitar aglomerações e ambientes fechados

  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas

  • Se apresentar sintomas como febre, tosse ou dificuldade de respirar , procure o serviço de saúde mais próximo 

 
 
 
  • Utilize preservativo nas relações sexuais, pois essa é a forma mais segura de se proteger da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis;

  • Evite exposição excessiva ao sol. Use protetor solar no mínimo 30 minutos antes da exposição (FPS 30), reaplicando conforme orientação do fabricante. Utilize também óculos de sol e chapéu de aba larga;

  • Em caso de adoecimento durante a sua estadia, busque atendimento médico e evite a automedicação.

 
  • Após o retorno da viagem, caso apresente febre ou outros sintomas como diarreia, problemas de pele ou respiratórios, procure imediatamente um serviço de saúde e informe quais as regiões que visitou.

O que é resistência antimicrobiana?

A resistência antimicrobiana (RAM) põe em risco a eficácia da prevenção e do tratamento de um número cada vez maior de infecções por vírus, bactérias, fungos e parasitas.

A RAM ocorre quando microrganismos (bactérias, fungos, vírus e parasitas) sofrem alterações quando expostos a antimicrobianos (antibióticos, antifúngicos, antivirais, antimaláricos ou anti-helmínticos, por exemplo). Os microrganismos resistentes à maioria dos antimicrobianos são conhecidos como ultrarresistentes.

Como resultado, os medicamentos se tornam ineficazes e as infecções persistem no corpo, aumentando o risco de propagação a outras pessoas.

A resistência aos antimicrobianos representa uma ameaça crescente à saúde pública mundial e requer ação de todos os setores do governo e da sociedade.

 

Principais fatos

  • A resistência antimicrobiana (RAM) compromete a eficácia da prevenção e do tratamento de um número crescente de infecções por vírus, bactérias, fungos e parasitas.
  • A RAM representa uma ameaça crescente à saúde pública mundial e requer ações de todos os setores do governo e da sociedade.
  • O sucesso de uma grande cirurgia ou quimioterapia seria comprometido na ausência de antibióticos eficazes.
  • O prolongamento da doença, a necessidade de mais testes e o uso de medicamentos mais caros aumentam o custo da atenção à saúde para pacientes com infecções resistentes.
  • A cada ano, 480 mil pessoas desenvolvem tuberculose multidroga resistente e a resistência aos medicamentos também está começando a complicar a luta contra o HIV e a malária.

Zoonoses são doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas. Os patógenos podem ser bacterianos, virais, parasitários ou podem envolver agentes não convencionais e podem se espalhar para os humanos por meio do contato direto ou através de alimentos, água ou meio ambiente. Eles representam um grande problema de saúde pública em todo o mundo devido à nossa estreita relação com os animais no ambiente doméstico, na agricultura e no ambiente natural. As zoonoses também podem causar interrupções na produção e no comércio de produtos de origem animal para alimentação e outros usos.

As zoonoses compreendem uma grande porcentagem de todas as doenças infecciosas recém-identificadas, bem como muitas das existentes. Algumas doenças, como o HIV, começam como zoonoses, mas depois se transformam em cepas exclusivamente humanas. Outras zoonoses podem causar surtos de doenças recorrentes, como o vírus Ebola e a salmonelose. Outros ainda, como o novo coronavírus que causa o COVID-19, têm potencial para causar pandemias

Os métodos de prevenção diferem para cada patógeno, no entanto, várias práticas são reconhecidas como eficazes na redução do risco nos níveis comunitário e pessoal. Diretrizes seguras e apropriadas para o cuidado dos animais no setor agrícola ajudam a reduzir o potencial de surtos de doenças zoonóticas de origem alimentar, como carne, ovos, laticínios ou mesmo alguns vegetais. Padrões para água potável e remoção de resíduos, bem como proteções para águas superficiais no ambiente natural, também são importantes e eficazes. Campanhas educativas para promover a lavagem das mãos após o contato com animais e outros ajustes comportamentais podem reduzir a disseminação de doenças quando elas ocorrem.

A resistência antimicrobiana é um fator complicador no controle e prevenção de zoonoses. O uso de antibióticos em animais criados para alimentação é generalizado e aumenta o potencial de cepas de patógenos zoonóticos resistentes a medicamentos, capazes de se espalhar rapidamente em populações animais e humanas.

Os patógenos podem se espalhar para os humanos, por meio de qualquer ponto de contato com animais domésticos, agrícolas ou selvagens. Comércios que vendem carne ou subprodutos de animais selvagens são de risco alto devido ao grande número de patógenos novos ou não documentados que existem em algumas populações de animais selvagens. Trabalhadores agrícolas em áreas com alto uso de antibióticos para animais. Pessoas que vivem adjacentes a áreas selvagens ou em áreas semi-urbanas com maior número de animais selvagens correm o risco de doenças causadas por animais. A urbanização e a destruição de habitats naturais aumentam o risco de doenças, aumentando o contato entre humanos e animais selvagens.

O pé diabético é causado por danos aos nervos e vasos sanguíneos nos pés e nas pernas, que podem ocorrer como resultado de níveis elevados de açúcar no sangue ao longo do tempo. Esse dano pode causar uma variedade de sintomas, incluindo dormência, formigamento e sensações de queimação nos pés, bem como cicatrização lenta de cortes e feridas.

Uma das complicações mais graves do pé diabético são as úlceras nos pés, que são feridas abertas que podem se desenvolver nos pés e nas pernas. As úlceras nos pés podem infeccionar e levar a complicações graves, como gangrena e necessidade de amputação.

O tratamento para o pé diabético envolve o controle dos níveis de açúcar no sangue, bem como o tratamento de infecções ou feridas. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para remover o tecido infectado ou reparar danos no pé.

A prevenção do pé diabético envolve o controle adequado do diabetes, incluindo monitoramento regular do açúcar no sangue e exames regulares dos pés. Também é importante usar calçado adequado, manter os pés limpos e secos e evitar andar descalço.

A inflamação óssea, também conhecida como osteíte, é uma condição que ocorre quando há inflamação no tecido ósseo. Isso pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo infecção, lesão ou uma condição crônica, como artrite.

Os sintomas de inflamação óssea podem incluir dor, inchaço, vermelhidão e calor na área afetada. Em alguns casos, também pode haver febre ou calafrios. Dependendo da causa subjacente da inflamação, outros sintomas também podem estar presentes.

O diagnóstico de inflamação óssea geralmente envolve um exame físico e exames de imagem, como raios-X ou ressonância magnética. Exames de sangue também podem ser solicitados para verificar se há sinais de infecção ou inflamação.

Uma ferida infectada é uma ferida que foi contaminada com bactérias nocivas, levando a uma resposta inflamatória do organismo. Isso pode levar a uma variedade de sintomas, incluindo dor, vermelhidão, inchaço e calor ao redor da ferida.

Em alguns casos, também pode haver drenagem ou pus saindo da ferida, além de febre ou calafrios. Se não for tratada, uma ferida infectada pode levar a complicações graves, como sepse ou dano tecidual.

O tratamento para uma ferida infectada geralmente envolve a limpeza da ferida e a remoção de qualquer tecido contaminado ou objetos estranhos. Antibióticos também podem ser prescritos para ajudar a combater a infecção. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para remover o tecido infectado ou para drenar um abscesso.

O cuidado adequado da ferida é importante para prevenir infecções e promover a cicatrização.

Após a cirurgia, a ferida normalmente será coberta com um curativo estéril para protegê-la de bactérias e outros contaminantes. É importante manter o curativo limpo e seco e trocá-lo regularmente de acordo com as instruções do seu médico.

Além de manter o curativo limpo, é importante seguir as instruções do seu médico para cuidar da própria ferida. Isso pode incluir a limpeza da ferida com solução salina ou outros desinfetantes, bem como a aplicação de pomadas ou curativos tópicos conforme necessário.

Também é importante monitorar a ferida em busca de sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço, drenagem ou febre. Se você notar algum desses sintomas, é importante entrar em contato com seu médico imediatamente.

Em alguns casos, seu médico pode recomendar o uso de antibióticos para prevenir a infecção ou tratar uma infecção existente.

A profilaxia pré-exposição, ou PrEP, é uma intervenção médica que envolve tomar medicamentos antirretrovirais antes de ser exposto ao HIV. O objetivo da O cuidado adequado da ferida é importante para prevenir infecções e promover a cicatrização.

Após a cirurgia, a ferida normalmente será coberta com um curativo estéril para protegê-la de bactérias e outros contaminantes. É importante manter o curativo limpo e seco e trocá-lo regularmente de acordo com as instruções do seu médico.

Além de manter o curativo limpo, é importante seguir as instruções do seu médico para cuidar da própria ferida. Isso pode incluir a limpeza da ferida com solução salina ou outros desinfetantes, bem como a aplicação de pomadas ou curativos tópicos conforme necessário.

Também é importante monitorar a ferida em busca de sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço, drenagem ou febre. Se você notar algum desses sintomas, é importante entrar em contato com seu médico imediatamente.

Em alguns casos, seu médico pode recomendar o uso de antibióticos para prevenir a infecção ou tratar uma infecção existente.

 é prevenir a transmissão do HIV em indivíduos com alto risco de contrair o vírus, como aqueles que praticam sexo desprotegido ou usam drogas injetáveis. 

 

Embora a PrEP não substitua outros métodos de prevenção, como preservativos e práticas seguras de injeção, ela pode ser uma ferramenta valiosa na redução da disseminação do HIV. É importante que indivíduos com alto risco de contrair HIV conversem com seu médico sobre se a PrEP é adequada para eles.

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